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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

"Metáfora...um sonho"

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"Show da vida"

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Mulher livre

Meu corpo, solto barco sobre as ondas Pedras de jade na espuma Do amor, a vacina e a cura Do dia que ficou numa noite perdida Um soneto que se transformou em vida A poeta de sempre jamais morreu Apanhei no rosto, meu corpo se perdeu Em lágrimas de amores Mas, de tudo isso uma lição tirei: Hoje me amo como nunca me amei E em minhas delicadas mãos poetas faço brotar flores livres!

" Encanta-me"

Magnetismo

Tinha ainda meus quinze anos...  foi a primeira vez que a vi! Não era seu rosto angelical que me atraía.    Tinha um magnetismo que me ligava a ela como um ímã ao prego. Quando a conheci minhas mãos tremiam e senti um frio na espinha. Ela me perguntou se não estava passando  bem,  eu respondi que não. Disse estar sofrendo de um mal desconhecido até então. Ela, inocentemente, perguntou que mal  poderia ser este? Olhei para os olhos daquela menina e pela primeira vez na vida disse: creio ser mal de amor, meu coração não está acostumado a ele, razão pela qual me encontro assim meio desajustado. Ela ainda naturalmente me perguntou que coração podia causar um mal de tamanha natureza? Com um nó na garganta respondi: você! e vi aquele rosto branco corar e os olhos daquela menina me fixaram de uma forma tal que jamais esquecerei. Era o primeiro amor que chegava, assim meio tímido, inocente, mas avassalador. Ela ainda não desfeita do

Para Meu Pai

Sinto que estas sempre comigo, Sinto teu  olhar  a acompanhar meus passos, Sei que iluminas o  caminho  onde sigo E amenizas minhas quedas Com tues braços. Guardas o meu sono quando adormeço, Tocas comigo o meu violão, Encorajas com teu olhar Quando como uma menina Apavorada com a escuridão Sinto-me só E o medo me domina. Sei que estas sempre  presente Nos momentos de dor, de solidão, Invisível, silente, Incansável e vigilante, Amenizando as mágoas  do meu  coração , Quando eu partir Quero que me conduzas Pela mão... Nair Damacesno

Minha menina

           Sempre que olho para o céu Sinto uma vontade de ter asas Voar para te encontrar Uma vontade de possuir você   Você que me ama Sabe o que sinto Quando olho para o céu Às vezes chega até doer   As estrelas me lembram você Tão linda, tão iluminada Mas tão distante de mim Perdoe-me amor   Não me canso de pensar Que um dia poderei tocar você Dizer pessoalmente O bem que me fazes O quanto és importante   Às vezes penso que você é apenas um sonho... Que um dia eu irei acordar E viver somente da saudade que sentirei de você   Hoje está frio em meu quarto Sinto mais ainda tua falta Vontade de tirar você dos meus sonhos e trazê-la para minha realidade   Ouço tua voz dizendo que me ama e que és minha menina Me entristeço, confesso... Não sei se devia... Mas o que fazer se te amo demais?   O mar traz tua lembrança Sei que tua essência vem dele Assim como a minha também Por isso sinto

Aos filhos

Há períodos em nossas vidas em que acontecem oportunidades que não retornam mais. O tempo e as oportunidades que passaram não se recuperam mais. Tenho 44 anos... muita coisa fiz nesta vida e muitas coisas deixei de fazer, por achar que poderia fazer a qualquer momento, e você, filho, foi umas das coisas que deixei para depois. Hoje você esta crescido, já é um homem e nós não curtimos um ao outro como deveríamos e perdemos, com isto, a mágica dos bons e maus momentos. Você cresceu de uma forma que não vi e não senti, de repente você  apareceu na minha frente, maior que eu próprio, dizendo adeus... Ia tomar conta da sua própria vida e eu fiquei perdido. Não tive muitas oportunidades de te dizer algumas coisas do coração, sabe como é, depois eu digo, e ficou este vazio entre nós. Não tive tempo de crescer com você, não brinquei com você quando poderia, nem te levei na escola nas oportunidades que tive, sabe como é, depois eu te levava. Não te levei ao Mcdonald'

"Voce trouxe a luz"

Escrito em 18 outubro 2007 23.27 hs (Glória Salles e Mario Roberto Guimarães)

Voo de colibri

Meu corpo, colibri em fina revoada Pouco a pouco sentindo a ternura Da flor cheirosa à beira da estrada À alma pura em constante candura! E voo além dos alpes dos sentidos Como a música habitual da poesia Quimera santa, purificada ao ouvido Misto de flor suave da colina! Eu voo firme por entre o frio concreto Pra povoar meu espírito já marcado E faço chover da alma o afeto! Como o orvalho caindo do meu peito Busco o inspirador e fiel abraço Da solidão, da vida, do tempo!

Mulher

    Elas podem usar saias ou jeans Podem ser morenas ou loiras Brancas ou negras   Mas todas têm algo em comum Choram por qualquer coisa Choram de tristezas e alegrias   Fazem nossos corações derreterem Sempre estão arrumadas  para seus homens Mesmo que nunca sejam  notadas   São rosas que perfumam nossos caminhos Têm um linguajar próprio que a maioria não conhece São fontes de alegria, de amor e de paixão   Compreender uma mulher é uma missão impossível Mas viver com uma delas é uma aventura maravilhosa   Se você conhece uma mulher assim Não a deixe partir, conquiste-a todos os dias não pense que sabe tudo sobre ela   Elas são como fontes da juventude Você tem que tomar da sua água    aos poucos Somente então começará a decifrar alguns   mistérios de uma mulher   E, se o destino te felicitar com a mulher de seus sonhos, Não a solte, prenda-a no coração Pois não terá outra oportunidade na vida     Ame-a

Assim sou eu

Nascemos puros, como a água que escorre das neblinas. Porém, a cada dia a partir da infância, sofremos transformações, concomitantes com o ambiente que nos cerca. Aí vem a adolescência e as primeiras e mais especiais experiências: o primeiro amor, o primeiro beijo, o primeiro frio nas mãos, o primeiro corar no rosto...a primeira palavra "amo". E como somos propensos aos reflexos sociais, não nos conformamos com rotina, nem com cartas marcadas, sentimentos fingidos, mentiras. Queremos mais de nós mesmos e dos outros! É nessa estrada de busca que muitas vezes cruzamos com desconhecidos destinos. Pessoas boas ou más; sorrisos ou lágrimas; ilusões em cruéis certezas. Um pouco de nós morre nesse momento. E buscamos como o valente peixinho um borbulho de vida e ar. Subir, subir, vir à tona pra vida novamente e não mais nos vermos prostrados no chão. Nesse ínterim de contextos é que aprendemos a confiar somente em nós.   Assim sou eu... Ledalge

Via lactea

Eu ontem fiz do pensamento um calibrar de palavras. E vi a estrela se esticar querendo asas;como as que suponho ter às mãos... Assim, o verso sopra pra fora do meu ser. Palavras! Como átomo a se revirar dentro de mim. Por vezes, me ponho a piscar como vagalume da noite,buscando o brilho pra me vestir Mas, quando revejo tudo que fiz: penso estar ainda lá com os braços esticados querendo um buquê de versos vestidos...que outrora fiz! Ledalge

Da saudade

Um verso range em meus dentes! Mastigado pela febril sensação,que provoca o choro... Tão humana sensação, a de procurar dentro da respiração ofegante, a lembrança contida. Lá dentro de mim paira uma saudade gigante;  daquela que se assemelha ao cheiro do café de avó. Mas, não sendo verdade, a saudade procura verossimilhança na pupila dos meus olhos, como retrato preto e branco, ofuscado pela luz do coração. Acredito ainda que terei um dia desses uma resposta apropriada para que o sinto. Por hora, só me resta enxugar mais uma lágrima que escorre da alma! Ledalge

CIGANA

  Caminhava a pé,  perdido dentro de minhas idéias... Desligado do mundo,  não sabia que caminho tomar Até que apareceu uma cigana da pele morena, Me estendeu a mão...  pediu a minha mão Não desejava nada além de ler minhas mãos Falou de meu passado, das derrotas, das amarguras... Pediu que refletisse sobre minha vida, Que olhasse para trás e a assistisse Como em um filme... Que somasse as tristezas, as desilusões, as perdas... Colocasse de um lado da balança! Que assistisse novamente ao mesmo filme Mas que somasse, agora,   os poucos momentos de alegria, As poucas vitórias sobre mim mesmo, As poucas conquistas, mas que não deixasse de fora os amigos e os amores de minha vida... Revi minha mãe ao meu lado Sempre com seu sorriso tranqüilo... Revi os amigos, alguns já perdi de vista Outros ainda estão ao meu lado me aturando... Revi os amores que passaram e vi você, minha menina, meu unico amor... A cigana pediu para pesar na

ANJO MENINA

Uma figura angelical   Anjo menina   Assim te imagino e vejo   Dando causa às minhas fantasias   E razão aos meus desejos Parece que vens do céu!   Sabes distinguir o bem do mal   Mexes com o meu coração   Fazendo girar meu pensamento   Com a força de um turbilhão   E o romantismo de um carrossel. Em ti Deus colocou ternura   Amor...sensibilidade...candura...   Tudo enfim   E ainda me presenteou com a felicidade   Ao separar no teu coração   Um cantinho pra mim!   Autor : Walter Pereira Pimentel

Talvez e sim o amor

Talvez o amor como brilho se fez Em tempos de aflição Nos conforta e decide às vezes Pelo sim ou pelo não E nas horas mais difíceis Quando nos sentimos sós O  amor divino habita entre nós; Talvez o amor é uma janela sim Que Deus nos convidou Pra sairmos ou entrarmos enfim Se uma porta se fechou O amor não sente inveja Não maltrata nem tem cor Talvez e sim, às vezes, é o nosso amor; O amor é como uma nuvem Que encobre o céu e o  mar Um estilo de viver, de sentir, se revelar O amor é como uma flecha  Que invade o coração Tudo  sofre, crê, suporta Mas só o sinto em parte então O amor é sempre sim Quando Deus o tem nas mãos; Talvez o amor é um oceano De conflitos, de paixão Aquece a alma se estar frio Quando chove é solidão E enquanto eu viver  Em meus sonhos estará A memória desse grande amor Em mim renascerá. Di Carvalho

Basta Olhar-te...

Minha alma,na tua alma. Nuvem que veio com o vento. Passou por um instante. Roçou por um momento. Sobe o sol a noite desce. Dia e noite são me iguais. Se tu chegas amanhece. Fica noite se tu vais... Os meus olhos são de cego. Para que de ti se aparte. Só em te ver os emprego. Mal me bastam para olhar-te...

Nevoeiro

Tenho em mim como uma bruma Que nada é nem contém  A saudade de coisa nenhuma,  O desejo de qualquer bem.  Sou envolvido por ela  Como por um nevoeiro  E vejo luzir a última estrela  Por cima da ponta do meu cinzeiro.  Fumei a vida. Que incerto  Tudo quanto vi ou li!  E todo o mundo é um grande livro aberto  Que em ignorada língua me sorri.  Fernando Pessoa

A rosa de Saron

Além do sol, além da lua Todas as estrelas que no céu há Brilha o seu olhar, penetrando em meu ser Como a bruma suave que sopra do mar Você é a mais bela entre as mulheres O seu amor mais que o vinho doce Me inebria, me excita a alma  se me tocas Me queimando a pele como se fogo fosse Quando a tua boca e minha boca se unem Sinto dos teus lábios o nectar do mel gotejar Da sua língua o gosto das maçãs Da sua respiração o aroma da brisa do mar. Como são belas as suas faces entre os brincos de ouro Os seus olhos são como os faróis imitando o luar Seus seios são como as torres gêmeas intactas Suas belas curvas do  corpo faz a cidade inteira parar O seu nome é suave como o bom perfume Os seus cabelos  têm  o reflexo de púrpura em ação As suas coxas são jóias raras, preciosas Que fazem palpitar o meu coração. Di  Carvalho - Para Mel Carvalho Texto base: Cantares de Salomão

Vela ao vento

Nascemos sob a condição humana Crescemos à sombra do ódio e do amor Vivemos na ilusão que um dia seremos Da nossa própria vida, o condutor Mas se passou a primavera em flores Dias despontaram quentes como o verão Um outono que regava as nossas esperanças Nos trouxe a lembrança, da nossa real condição. Somos homens, mulheres: seres limitados Cuja inteireza se completa quando nos esvaziamos De todo o orgulho, vaidade : índole do ser humano Na crista das ondas da divindade velejamos. Todavia quando somos nós mesmos imergimos Num mar intempestivo: problemas incessantes Somos vela ao vento à deriva Sem saber bem, o próximo porto itinerante.  Di Carvalho

Contemplo o lago mudo

Contemplo o lago mudo Que uma brisa estremece. Não sei se penso em tudo Ou se tudo me esquece. O lago nada me diz, Não sinto a brisa mexê-lo Não sei se sou feliz Nem se desejo sê-lo. Trêmulos vincos risonhos Na água adormecida. Por que fiz eu dos sonhos A minha única vida?