Eu quando saio pelo mar afora Faço de conta que já vou embora Mas apenas fico nas mentiras Que matam por momentos desventuras! Tantas gaivotas rodeando o barco Como crianças rodeando adultos Gaivotas e crianças se misturam E fazem do meu barco a minha cama Meu corpo balança sobre as águas E o olhar se afoga no meu pranto É que eu bem distante lá da terra Não compreendo gente que maltrata e erra Minhas mágoas, tantas frustrações Eu vou deixar neste mar, quando anoitecer E lá em casa ninguém vai saber Quando eu chegar, vou sorrir e adormecer Quando eu paro o barco em águas mansas Olho de repente pras alturas E percebo em meio a nuvens brancas Uma gaivota calma e solitária Ela deve estar olhando o mundo E tomando conta das pessoas Esta gaivota é importante É pena que ela fique tão distante Eu perdido em tantos pensamentos Me pergunto as vezes se ela sabe Que o amor se perde por dinheiro E o homem destrói no mundo inteiro Mas lá em casa Ninguém vai saber Quando eu