Não quero o brilho, as sedas, a harmonia Da sociedade, dos salões pomposos, Nem a falaz ventura fugidia Desses festins do mundo, tão ruidoso! Prefiro a calma solidão sombria, Em que passo meus dias nebulosos; Sinto-me bem, aqui, à sombra fria Da saudade de tempos mais ditosos. Eu quero mesmo, assim, viver de lado, Das multidões passar desconhecida, Me alimentando de algum sonho amado. Nada mais quero, e nada mais aspiro: Teu casto afeto que me doira a vida, Meus livros, minha mãe e meu retiro.