Silêncio! Escuta a brisa que murmura,
e sobre as folhas rola e se desliza,
a balançar as flores d’altamisa,
tão perfumadas, prenhes de candura.
Tu podes escutar a doce brisa?
Ouvir a sua voz na noite escura?
Nas flores d’altamisa ela perdura
e faz juras d’amor, à sua guisa!
E com seu jeito firme, mas galante,
do modo que s’espera d’um amante,
nos braços d’altamisa caí, s’enlaça.
Ao alisar-lhe com seu jeito arfante,
nela roçando quando lento passa,
quanta mesura! Quanto garbo e graça!
Edir Pina de Barros
Leia A visão da época:http://carvalhoaldo.blogspot.com.br/
Comentários
Postar um comentário